Notas em negrito: contribuições das epistemes afroperspectivistas contra os ruídos coloniais na produção de saberes no campo dos Estudos Críticos do Discurso

Litiane Barbosa Macedo

doi:10.14198/dissoc.17.4.1

Autores/as

Litiane Barbosa Macedo Universidade Federal de Santa Catarina, Brasil https://orcid.org/0000-0003-3742-0300

DOI:

https://doi.org/10.14198/dissoc.17.4.1

Palabras clave:

Afroperspectiva, Estudos Críticos do Discurso, Decolonialidade, Discursos de Resistência e Reexistência

Resumen

Neste artigo, apresentamos algumas reflexões acerca das epistemes negras afroperspectivistas e a relevância de aproximá-las aos estudos críticos discursivos a fim de descolonizar este campo de estudo. Inicialmente, para entendermos o que são epistemes afroperspectivistas, discutiremos sobre os saberes corporificados negros a modo de compreender suas potencialidades para descolonização do conhecimento e como na lógica da ciência moderna tais saberes foram invisibilizados. Posteriormente, discutiremos sobre alguns pontos norteadores da afroperspectiva de Noguera (2015,2019), buscando sua interface com os estudos críticos discursivos. Ainda, descrevemos brevemente exemplos de práticas discursivas de resistência e reexistência como produções de conhecimento por pessoas negras com o intuito de ilustrar a materialização discursiva do conhecimento corporificado. Para finalizar, sinalizamos que agir perante a injustiça cognitiva provocada pela colonialidade é um caminho de suma relevância rumo a uma pratica decolonial pois “vai além dos processos que definem as relações de saber, mas que também repensam e ressignificam as estruturas de poder que reduzem, marginalizam e invisibilizam outras práticas e formas de sentir, ver e interpretar o mundo” (Macedo, 2022).

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