Práticas biopolíticas no governo da infância: dos manuais DSM às comunidades biossociais de redes sociais virtuais – análise do Facebook
DOI:
https://doi.org/10.14198/dissoc.18.2.5Palabras clave:
Biopolítica, Risco, Transtornos do comportamento infantil, Redes Sociais, Infância, FacebookResumen
O objetivo desta pesquisa foi compreender como os enunciados presentes no DSM-V e em discursos científicos do campo biomédico se reorganizam e sustentam estratégias biopolíticas de medicalização da infância em postagens de comunidades virtuais da rede social Facebook. Trata-se de uma pesquisa de abordagem qualitativa, realizada através de uma etnografia virtual nas mídias sociais em grupos de comunidades de pais de crianças diagnosticadas com TDAH, na plataforma Facebook, tendo como viés analítico a análise de discurso de Michel Foucault. Os resultados apontam que o risco possibilita prever e controlar eventos relacionados a infância antes mesmo que se agravem, de modo que a psiquiatria apresenta uma habilidade de agir antes que o “pior” aconteça, como as doenças mentais do desenvolvimento, patologias que surgem na infância com sintomas subclínicos, transtornos de aprendizagem ou comportamento, que podem vir a agravar-se no futuro.
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