Mulheres Públicas: Poder, Representações Semióticas e Gênero
DOI:
https://doi.org/10.14198/dissoc.13.1.3Palabras clave:
Poder, representações semióticas, relações de gênero e o contexto brasileiroResumen
Noções de poder em sociedade são inseparáveis das questões de gênero e sexualidade. Apesar de ter havido um grande avanço social em relação a mulheres contemporâneas em posições de poder, sua representação em discursos públicos ainda é problemática, pois os recursos semióticos usados nesses discursos tendem a categorizar estas profissionais de acordo com discursos míticos que remetem a maternidade, a beleza e a juventude. Este trabalho discute a maneira pela quais as mulheres profissionais em posição de poder são descritas e categorizadas em narrativas mediáticas, especialmente no contexto brasileiro. Ao analisar o discurso jornalístico, o foco principal da pesquisa detém-se na importância da linguagem em produzir asserções epistemológicas sobre mulheres e feminilidade. Pretende demonstrar como a identidade de mulheres profissionais é construída através de categorias discursivas que as identificam não somente pelo que fazem e pelo que são, mas principalmente por sua aparência física. As conclusões apontam para o fato de que textos e imagens produzem efeitos avaliativos negativos que influenciam atitudes e interpretações sociais em relação a mulheres poderosas. Apontam ainda para as maneiras que ideologias sexistas são materializadas em recursos semióticos que produzem estereótipos inaceitáveis em relação a mulheres em posição de poder. Os resultados poderão inspirar um maior escrutínio de conteúdos mediáticos resultando numa crítica mais informada e transformadora.
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