Femirracídio no Brasil

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.14198/dissoc.13.2.5

Palabras clave:

Femirracídio, Violência de gênero, Análise Crítica do Discurso, Mídia

Resumen

Este artigo é parte de uma pesquisa em desenvolvimento sobre o femirracídio no Brasil. A nomenclatura femirracídio foi criada para designar a morte de mulheres negras em decorrência da violência de gênero e objetiva, além de nomear esse tipo de morte, dar visibilidade aos altos índices de homicídios de mulheres negras em todo o mundo e, especialmente, no Brasil, que ocupa o quinto lugar no ranking de países com mais feminicídios (Waiselfisz, 2015). Nesse cenário, este trabalho apresenta uma análise discursiva sobre a representação do femirracídio na mídia, especificamente, em notícias jornalísticas veiculadas por jornais do estado do Espírito Santo (ES), que é o estado brasileiro mais violento para mulheres negras. A teoria Sociocognitiva do discurso (Van Dijk, 1999, 2012, 2014) é o principal aparato teórico empregado nas análises, pois sendo de natureza multidisplinar, permite o diálogo com outras áreas de conhecimento, como os estudos multimodais de Machin (2007) e van Leeuwen (2008) e o conceito de interseccionalidade, na sociologia, de Crenshaw (2002). Os resultados revelam que o femirracídio é muito mais complexo do que o homicídio de mulheres brancas em função das intersecções que compõem esse problema, como gênero, raça e classe social. Logo, a resolução dessa problemática demanda um trabalho que abarque todas os eixos de opressão que atingem essas mulheres de modo a dirimir violências e promover a equidade.

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Publicado

27-06-2019

Cómo citar

Natale, R. (2019). Femirracídio no Brasil. Discurso & Sociedad, 13(2), 262–286. https://doi.org/10.14198/dissoc.13.2.5

Número

Sección

Miscelánea