Borrar las violencias: La nueva democracia racial en la prensa brasileña
DOI:
https://doi.org/10.14198/dissoc.19.2.6Palabras clave:
estrategias discursivas, democracia racial, racismo a la brasileña, prensa tradicional, violencia racialResumen
El artículo examina el papel de la prensa tradicional brasileña en la invisibilización de la violencia racial, analizando las estrategias discursivas usadas en reportajes y editoriales de tres periódicos de gran circulación y consolidación en el sector (Folha de S. Paulo, Estado de S. Paulo y O Globo). Basado en el "modelo de propaganda" de Chomsky y Herman (1994) y en el abordaje sociocognitivo de Van Dijk (1991, 1993, 2021), se evidenciaron las formas cómo las prácticas discursivas perpetúan el racismo institucional y cotidiano. La investigación cualitativa y exploratoria examinó 26 objetos noticiosos sobre situaciones cotidianas, que no fueron explícitamente enmarcadas en narrativas de seguridad pública, ni denuncias de racismo, publicados entre noviembre de 2022 y febrero de 2023. La investigación mostró que, en situaciones cotidianas, la violencia racial es frecuentemente omitida, mitigada o distorsionada por patrones de manipulación mediática (Abramo 2016). Cuatro casos fueron examinados en profundidad, aplicando las categorías analíticas de los autores citados, para ilustrar cómo las narrativas mediáticas estructuran la percepción pública, reforzando la ideología de la "democracia racial" en Brasil. Esta percepción normaliza la violencia racial, lo que perpetúa la invisibilización del racismo y limita el debate crítico sobre sus causas y consecuencias. A pesar del alcance limitado, el estudio destaca la urgencia de ampliar investigaciones sobre el papel de la prensa en la perpetuación del racismo a través de la invisibilización de la violencia racial en el debate público.
Financiación
Esta pesquisa foi desenvolvida no âmbito da bolsa de extensão PROEC 525/2022 para apoiar o Observatório da Violência Racial, projeto do Centro de Antropologia e Arqueologia Forense da Universidade Federal de São Paulo.Citas
Abramo, P. (2016). Padrões de manipulação na grande imprensa. Fundação Perseu Abramo.
Almada, S. (2012). Prefácio. Em R. C. S. Borges e R. Borges (Orgs.). Mídia e racismo (pp. 24-30). Associação Brasileira de Pesquisadores Negros.
Almeida, S. (2019). Racismo Estrutural. Sueli Carneiro, Pólen.
Barbosa, M. V. e Cunha Junior, H. (1992). A imprensa e a produção / reprodução do racismo no Brasil, Encontro anual da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Ciências Sociais, 16, Caxambu.
Bertúlio, D. L. L. (2022). Racismo e sistema de justiça no Brasil: vicissitudes de um projeto de violência racial, Revista da Defensoria Pública da União, 16, 19-41. https://doi.org/10.46901/revistadadpu.i16.p19-41
Bezerra, C. J. M. e Lima, L. C. (2018). Deconstruindo o perfil Jekyll & Hyde: Um estudo sobre a constatação dos múltiplos fatores causais da violência doméstica e familiar contra a mulher. Em Conselho Nacional do Ministério Público (Org.). Violência contra a mulher: um olhar do Ministério Público brasileiro (pp. 83-103). Conselho Nacional do Ministério Público.
Bueno, S., Bohnenberger, M., Martins, J. e Sobral, I. (2023). A explosão da violência sexual no Brasil, Anuário Brasileiro de Segurança Pública (17), 154-161. https://forumseguranca.org.br/wp-content/uploads/2023/07/anuario-2023.pdf
Castro, D. (8 de dezembro de 2022). Patrões são suspeitos de ficar com benefício de idosa mantida havia 27 anos em situação de escravidão. Folha de S. Paulo. https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2022/12/patroes-sao-suspeitos-de-ficar-com-beneficio-de-idosa-mantida-havia-27-anos-em-situacao-de-escravidao.shtml
Chomsky, N. e Herman, E. S. (1994). Manufacturing Consent. Vintage Books.
Coelho, L. (6 de fevereiro de 2023). Universitária do Piauí foi estuprada e filmada depois de morta por estudante, diz inquérito policial. Estado de São Paulo. https://www.estadao.com.br/brasil/estudante-foi-estuprada-e-filmada-depois-de-morta-no-piaui-aponta-inquerito/
Costa, J. V. (23 de janeiro de 2023). Confusão termina com pancadaria entre ambulantes, guardas municipais e PMs na Praia do Leme. O Globo. https://oglobo.globo.com/rio/noticia/2023/01/confusao-termina-com-pancadaria-entre-ambulantes-guardas-municipais-e-pms-na-praia-do-leme.ghtml
Couceiro, S. M. L. (1996). Reflexos do 'racismo à brasileira' na mídia, Revista USP, 32, 56-65. https://doi.org/10.11606/issn.2316-9036.v0i32p56-65
Damasceno, A. e Peruzzo, S. M. K. (2021). O racismo e suas implicações na imprensa brasileira: aspectos teóricos, Anais do Seminário Comunicação e Territorialidades, 7(1), https://periodicos.ufes.br/poscomufes/article/view/37835
Essed, P. (1991). Understanding Everyday Racism: An Interdisciplinary Theory. Sage. https://doi.org/10.4135/9781483345239
Freitas, F. S. (2019). A naturalização da violência racial: escravismo e hiperencarceramento no Brasil, PERSEU: História, Memória e Política, (1), 37-59.
Martins, A. R. N. (2010). Imprensa, minorias e análise do discurso: um espaço de construção da democracia, Cadernos de Linguagem e Sociedade, (8), 26-42. https://doi.org/10.26512/les.v8i0.9187
Nascimento, A. (2016). O genocídio do negro brasileiro: processo de um racismo mascarado. Perspectivas.
Oliveira, C. C. (22 de novembro de 2022). Liberdade para presas gestantes, Estado de São Paulo. https://www.estadao.com.br/politica/blog-do-fausto-macedo/liberdade-para-presas-gestantes/
Ramos, S., Ribeiro, D., Santana, L., Neves, L., Lins, A. L., Paiva, L. F., Barreira, C., Moura, R., Brandão, T., Silva, L. E., Celeste, D., Martins, D., Jatobá, E., Silva, E. G., Xaxier, L., Brito, M., Ferreira, M. D., Sotero, B., Pacheco, J.... Ribeiro, F. (2022). Pele alvo: a cor que a polícia apaga. Centro de Estudos de Segurança e Cidadania.
Serena, I. (2 de fevereiro de 2023). Mulheres negras de 20 a 34 anos são principais vítimas de feminicídio no PI; estado registrou 219 casos nos últimos 8 anos, G1 Piauí. https://g1.globo.com/pi/piaui/noticia/2023/02/02/mulheres-negras-de-20-a-34-anos-sao-principais-vitimas-de-feminicidio-no-pi-estado-registrou-219-casos-nos-ultimos-8-anos.ghtml
Silva, L. C. A. e Silva, L. V. (2021). O que a comunicação e a luta antirracista têm a ver com política de drogas?. Em Iniciativa Negra por uma Nova Política de Drogas. Um olhar preciso (pp. 25-30). Friedrich Ebert Stiftung & Fundação Perseu Abramo.
Silva, P. B. e Rosemberg, F. (2007). Negros y blancos en los media brasileños: el discurso racista y las prácticas de resistencia. Em T. A. Van Dijk (Coord.). Racismo y discurso en América Latina (pp. 89-135). Gedisa.
Sodré, M. (1999). Claros e escuros: identidade, povo e mídia no Brasil. Vozes.
Van Dijk, T. A. (1991). Racism and the Press. Routledge.
Van Dijk, T. A. (1993). Denying Racism: Elite Discourse and Racism. Em J. Wrench e J. Solomos. Racism and Migration in Western Europe (pp. 179-193). Berg. https://doi.org/10.4135/9781483326184
Van Dijk, T. A. (2003). Dominación étnica y racismo discursivo en España y América Latina. Gedisa.
Van Dijk, T. A. (2016). Estudios críticos del Discurso: Un enfoque sociocognitivo, Discurso & Sociedad, 10(1), 137-162.
Van Dijk, T. A. (2021). Discurso antirracista no Brasil. Da abolição às ações afirmativas. Tradução: Conceição Maria Alves de Araújo Guisardi. Contexto. https://doi.org/10.1017/9781108956079
Veras, L. F. O. P. (2020). Penitenciando a Mulher: O encarceramento feminino pela "Guerra às Drogas" à luz dos direitos humanos na capital paulista. [Dissertação de Mestrado, Universidade de São Paulo]. https://doi.org/10.11606/D.8.2020.tde-10092020-204919
Yahya, H. (1 de fevereiro de 2022). Jornais em 2021: impresso cai 13%; digital sobe 6%. Poder 360. https://www.poder360.com.br/economia/jornais-em-2021-impresso-cai-13-digital-sobe-6/
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2025 Paola Miyagusuku Miyasato

Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial-CompartirIgual 4.0.